quinta-feira, 24 de novembro de 2011

redes sociais e a mediocridade "tupiniquim"

Descobri, numa tarde de domingo, para que servem as redes sociais. Imbecil comum, ainda não havia comprovado a teoria que dizem por ai. Por horas esperei a conexão que não se encontrava em lugar nenhum, e ela somente voltou quando quase tive um ataque de abstinência. Não sei quando é que vão tratar este tema, de acesso à internet, como uma necessidade fisiológica, como ela realmente tem comprovado ser. O que? Não concorda? A falta de internet é uma das poucas coisas que faz o ser humano tomar iniciativas para resolver um assunto imediatamente. Livrar-se do vício da internet é um processo longo, e, acredito eu, será semi-impossível nos próximos anos. Esta podridão se agrava com o uso das redes sociais, pergunto-me: quanto tempo você consegue usar a internet sem verificar sua rede social? Inacreditavelmente, é uma coisa que não esquecemos nunca! Nem falar daqueles que ficam conectados o tempo todo (no trabalho ou no celular), e é só mudar de aba no navegador. Concorde comigo ou não, isso é um vício.

Voltando a minha descoberta, que não é de a internet se configurar como uma necessidade fisiológica, e sim, em como a única coisa que realmente nos interessa nas redes sociais, é aquilo que não é de nosso interesse. Ai está o verdadeiro paradoxo da rede social.

Depois de aguardar por horas para poder acessar minha conta, e enfim, depois de longa espera, ter conseguido acessar somente a partir do celular, aquele aparelho inútil que somente me permite ver as atualizações que dizem respeito a mim mesmo. Fiquei irado, porque não havia nada que me dizia respeito, e, logicamente, o que mais importa, é o que realmente não me diz respeito. Por isso que perdemos tanto tempo nessas inutilidades de redes, porque sempre há informações alheias, milhares, infinitas de informações e, quanto mais tempo você passa “se atualizando”, mais deseja saber sobre aquilo que cada vez mais, acredite ou não, não tem a mínima importância pra você.

Entretanto, por mais que isso pareça ser uma tendência universal, é aqui, em nosso país, que esse apodrecimento é mais intenso. É incrível como a superficialidade de nossos conterrâneos tem a enorme capacidade de potencializar o lado ruim das coisas. Lembro-me de como a “brasilidade” afundou o queridíssimo Orkut e, não contente, vem arruinando o pouco que prestava do Facebook. Mais como nem tudo está perdido, descobri recentemente, através de uma pessoa muito mais afiada que eu, a ferramenta “cancelar assinatura”. E assim, minha nova diversão agora é ir cancelando a assinatura de cada idiota que aparece ali na minha telinha. É incrível como quase um 90% dos meus conterrâneos já foram cancelados e somente um 10% dos estrangeiros deixaram esta lista. É, me aborreço cada dia mais com a futilidade dos meus colegas. É, acredito que estou me tornando um velho ranzinza.